terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

A troca de presentes


O costume dos presentes


Algo em que venho pensando há muito tempo é fazer um comentário sobre a troca de presentes , principalmente aqueles que se tornam obrigatórios porque um amigo ou uma amiga faz aniversário...ou porque vão casar . Aqui para nós, o que é que eu tenho com isso ?
E eu fico pensando : todos nós temos uma boa quantidade de amigos, amigas, e de conhecidos que, obrigatoriamente, fazem aniversários todos os anos , simplesmente porque num dia do passado, nasceram , ou porque vão casar ! A barra está ficando pesada! Será que há como ser diferente ? E os presentes são uma obrigação constante durante o ano inteiro, pois ainda inventaram dias em que presentear se tornou quase que uma obrigação para a felicidade de comerciantes que fizeram nascer o círculo vicioso . Começando pelo Natal, vamos ao dia das mães , dos namorados , etc., aos aniversários , aos chás... Quando nem bem termino de passar por uma data, vem logo uma outra para desembolsar alguma graninha , difícil de se conseguir, para comprar alguns presentes que não posso deixar de dar. Tem gente que adora presentear, mas tem gente que embora adore, tem que sacrificar seu orçamento pessoal para não passar vexame e a vergonha de não haver dado um presente, não valendo a alegação de que se esqueceu, porque, mesmo assim, fica devendo...e a coisa piora se, num determinado mês, mais de um amigo, amiga ou parente faz aniversário . Puxa vida, justamente no mês em que o orçamento encolheu e não há como espichá-lo vem uma gripe ...que droga , mas tenho que dar um jeito, porque não fica bem...no ano passado eu recebi um presente de fulana e este é o mês dela. ! Mas este mês não há mais gordurinha para cortar e eu preciso debelar esta gripe. Não posso perder dias de trabalho. Porra, esse negócio de presentear me incomoda, porque é sempre uma preocupação a mais , trabalho a mais e ainda por cima , tenho que acertar na escolha para não jogar o meu rico dinheirinho pelo ralo. Via de regra, a gente nunca acerta : é um perfume que não agrada, é uma caixa de sabonetes que vai para o fundo do armário ficar esquecido e ressecado , é uma blusa um número menor , uma camisa que não agrada e que precisará ser trocada, além de não ser da cor da minha preferência, é um bibelô que vai virar mais um cacareco rolando por dentro de casa ou então um par de calcinhas de cor berrante para a mulher ... no caso dos homens, meias , cuecas , lenços , são as pedidas de sempre...Eu já não agüento mais de tantas cuecas , meias ( que não uso mais ) e lenços . O pior de tudo, é quando vem de volta um presente que a gente repassou , recebido em anos anteriores... que raiva ! Esse negócio de ter que dar presentes me estressa. Precisa acabar, e assim todo mundo fica feliz. Ninguém fala nada , mas aposto que pensa ! Fosse só isso ?... Não é que inventaram mais umas novidades como “ chás de panelas “ , “ chás de bebês “, “ despedidas de solteiros “, etc. Até os homens embarcaram nessa moda ! Do jeito que está, vou requerer falência... Há uma crise em andamento. A marola do Presidente está virando onda ... Vou sair do mercado , mesmo porque ninguém consegue me dar algo de que realmente necessito...! Alguém concorda comigo ?

Sarnelli, 15.02.2009

4 comentários:

Cristiano Teixeira disse...

Eu gosto de dar presentes mesmo fora de comemorações. Raramente ganho algum. Uma sugestão, dê um bonito cartão. Pode ate um feito por você mesmo!

esperançoso disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Bartolo, embora tenhas escrito muita coisa verdadeira, devo dizer que aprecio imensamente presentear as pessoas. Escolher algo que sei que a pessoa vai apreciar. Surpreender.
Acho que gosto até mais de surpreender do que de receber presentes.
Claro que não entro na neurose de dar presentes que estejam além do que meu orçamento possa suportar!
E, para nós, mulheres, presentes às vezes sem a menor utilidade aparente são os que mais nos cativam!

Sarnelli disse...

A Bi@ de sempre, me ensinando algo que eu , realmente, preciso aprender. Ou seja, ser menos prático e mais sutíl em certos momentos. Obrigado , amiga.