sábado, 28 de setembro de 2013

Abrindo polêmica sobre a localização do monumento à Jorge, Zelia Amado e ao cãozinho de estimação

 
 
 

Novamente resolvi tomar um solzinho e fui até o Largo de Santana ,  onde fiquei a observar o monumento em homenagem ao casal mais famoso do Rio Vermelho. Voltei para casa  mais convencido do que nunca , de que a escolha do local não foi acertada , porque a homenagem não tem a visibilidade que merece . Há pouco tempo expressei esta mesma opinião nesse Blog  e alguém  comentou que é ali o lugar correto , porque o Jorge foi uma das vozes mais ativas na campanha para que a igrejinha não fosse demolida e justificou que a companhia dos boêmios era uma nota a mais em favor da sua opinião . Respeito, discordando, é claro.
 
Eu continuo a achar que , aproveitando a requalificação da orla, um lugar mais adequado deverá ser encontrado para colocar em evidência a importância do monumento e do casal homenageado. Olhado de diversas posições , como se pode ver nas fotografias ( tenho outras ), conclui-se que a visibilidade é quase nula .  Quanto, mais exposto, poderia e deveria ganhar  importância . Do jeito que está, grande parte  dela está anulada porque, olhada de diversos ângulos, a obra fica, simplesmente ,  escondida. Além do mais, ainda na minha opinião, ela deveria estar à uma certa altura do chão. Isso irá somar à fama que o bairro mais boêmio da cidade já tem. Um local apropriado para Jorge, Zélia e o cãozinho, seria o ideal.
 
Certamente que algumas pessoas poderão ou não apoiar a minha sugestão . Mas isso faz parte de tudo o que é polêmico. Na ocasião da inauguração do monumento eu estava em São Paulo tratando de assuntos de família. Aqui fica, portanto, a minha opinião pessoal de velho morador do bairro . Acho que deveríamos aproveitar a oportunidade que se aproxima para corrigir algo que eu acho que não está condizente com o mérito dos homenageados.
 
Não tenho a vaidade de querer fazer prevalecer a minha sugestão mas, esta é a minha opinião. Se puder ser aproveitada , claro que ficarei feliz.
 
Para cada uma das fotos relacionadas abaixo,coloco uma indicação gerada pela observação do monumento visto de diversos ângulos e condições .
 
IMGP0002.JPG - caminhão da distribuidora de cerveja está impedindo totalmente a visão da paisagem ,,,IMGP0005.JPG - quém vem da Rua João Gomes não vê coisa alguma. Passa pelo monumento sem percebê-lo... ( a igrejinha impede a visão )
IMGP0010.JPG -
a placa comemorativa já está danificada IMGP0011.JPG - sentado onde está, o casal homenageado não vê coisa alguma, impedido pelo caminhão da distribuidora... e também pelo tráfego intenso no local em várias horas do dia.
                                                                                             Bartolo Sarnelli

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sábado, 21 de setembro de 2013

Falando em pizzas



Amigas e amigos ,

Este é um rascunho de uma mensagem eu resolvi transformar num pequeno conto ou crônica , numa época e que vivemos de pizzas, portanto estou cuidando  de um assunto em evidência.

Querida amiga,

mesmo que você não leia na hora, vou responder . Quando reabrir o micro ,  vai dar de cara , com a minha mensagem. 

Claro que sim. Pizza é uma das melhores coisas de nossos cardápios. Pena que também se aplica a uma coisa tão ruim.

Essa parte é sua e eu vou " trabalhar" sobre ela. Fui fazer uma pesquisa , pois eu já tinha uma ideia da coisa há muito tempo. Corri para o São Google e veja o que encontrei sobre a origem da expressão " vai dar em pizza " :Na década de 1950, os diretores do clube Sociedade Esportiva Palmeiras, de São Paulo, tiveram grandes discussões durante uma reunião. Após os momentos calorosos de bate-boca, os dirigentes resolveram deixar a confusão para trás e foram comer em uma pizzaria. Daí a expressão “acabar em pizza” ganhou o significado de “não vai dar em nada, vai acabar tudo na mesma”.    Você sabia , amiga? Aposto que não ! Nos acostumamos com a expressão ,  sabendo o seu significado , mas não a sua origem. A maioria das pessoas ,  repete a expressão à exaustão , sabendo o que quer dizer , sem , no entanto ,  saber como ela nasceu . Pelo menos , esta é a versão mais aceita, conforme pesquisei no Google ...( copiado e colado ). e esta ,  eu já conhecia .

A propósito , como a maioria das pessoas , já ando enjoado de pizzas ! Não , não é nesse sentido que você está interpretando !  Já estou enjoado mesmo. Não consigo digerir a muzzarella !.. rsrsrsrsrsr

Por outro lado, estou enojado das que os políticos preparam !

Comê-la fora de casa, não consigo , porque sou muito exigente e sei perfeitamente bem como funciona a coisa numa pizzaria de verdade. Os discos são pré-cozidos e na hora da encomenda, rapidamente colocam os aditivos em cima. Passam para o forno para, também rapidamente, derreter a muzzarela e via... despacham a moto com a pizza ou  pizzas  que vão chegar frias ao destino e a muzzarella já transformada num chiclete... que não apenas a minha cremalheira não consegue mastigar , como o estômago não consegue digerir e rejeita !

Numa determinada época , eu tive uma mercearia onde o principal mesmo era a fabricação de macarrão fresco, à vista dos clientes.  A minha casa era famosa , mas resolvi não continuar. Ficava ao lado de um restaurante e eu via como se faziam as coisas , principalmente quando o movimento esperado era grande. Se preparavam os discos, como disse,  pré-cozidos,  às dezenas , centenas,  para depois colocar o recheio na hora e conforme a  encomenda, mostrá-la ao forno e vapt-vupt...

Infelizmente, tirei a pizza da minha relação. Durante o período em que estive em Sampa com a minha esposa , junto com a família e em tratamento,  quando a coisa apertava para o jantar, telefonavam e, em minutos , tocavam a campanha. Era o motoqueiro com as pizzas, 3,4 ( éramos muitos ) ou mais ,  e uma ou duas garrafas de Coca-Cola .Das grandes . Só que eu jantava separadamente no meu horário ,  a minha sopinha ou o meu sanduba. Consegui uma certa independência. Nem esperava mais o chefe da casa , que, via de regra , principalmente à noite , chegava tarde. 

Então, voltando ao  começo de tudo.  Eu estava acostumado àquelas que eram feitas  em casa . Tiradas do forno diretamente para a mesa ,  quentinhas e crocantes . Que delícia !  A muzzarella, não era qualquer uma. Tínhamos uma marca  que derretia na boca como um sorvete !... Agora, minha cara, só eu mesmo me dispondo a fazê-la porque a patroa não fará mais . Eu tenho duas opções: viver de saudades ou fazê-la eu mesmo, treinando um pouquinho, porque ,  pão e macarrão , eu sei fazer e a massa é a mesma...embora distintas para cada um dos produtos.

Bem, eu acho que por hora é suficiente para você se distrair. No entanto, nem por isso, pizza vai deixar de ser pizza e isso é com a turma de Brasilia.
Salvador, 21.09.2013.                                                                             Sarnelli
 

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O quase flagrante da D.Florinda


Foto colocada apenas para ilustrar a postagem. Nada a ver com a historinha...
Eu os fotografei do páteo da minha casa , passeando pelos fios. Por falta de " habitat",  eles invadiram a cidade!
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 Num dos mails que costumo trocar com uma amiga , ela me contou a seguinte historinha, fruto de uma brincadeira armada por amigos numa situação meio complicada.
Conta ela , como recordação de infância :Eheheheh  Vamos à uma historinha, lembrança de meus dias de menina? Pois bem... Esta amiga que me mandou as fotos que estão no anexo,  morava ao lado da casa em que me criei. Éramos amigas de escola e vizinhas, e a casinha de madeira em que ela morava era dos meus pais, que alugavam aos pais dela.  Apesar de sermos pobres, éramos uma das raras famílias a ter televisão. Então, aos domingos à noite, as famílias amigas de meu pai e de minha mãe iam lá para casa, assistir televisão - a famosa "Luta Livre", onde tudo era combinado, mas só o fato de passar na TV preto e branco ,  encantava a todos. A reunião costumeira dos tele-vizinhos que se fazia na época em que as primeiras televisões iam sendo instaladas nas casas, acrescento eu . Quém se lembra do tele-catch com Ted Boy Marino, recentemente falecido ?  Mas, vamos em frente . A mãe da minha amiga chamava-se Dona Florinda. 
Era uma mulher grande, opulenta, que trabalhava em uma fábrica na nossa cidadezinha .. Muito caprichosa, com a casa e consigo mesma, estava sempre bem arrumada, perfumada, usando batom. Era um mimo !  Era, como se dizia, uma mulher "vistosa", chamativa , quase de fechar o comércio , como se dizia antigamente... Aos domingos, ela mandava o marido e a filha irem assistir tv lá em casa, e aproveitava para "organizar a casa para a semana", sem a família para entrar e sair . ficar perturbando e atrapalhando o trabalho que seria feito sem intromissões e sem obstáculos a serem superados...

Pelo menos, era o que ela dizia.

Meu pai e alguns de seus "camaradas", entretanto, descobriram que , mal o pobre do marido se instalava lá em nossa casa, em frente à TV, o amante da Dona Florinda , que era patrão dela na fábrica ,  entrava pela janela, sempre indo embora antes que a Luta Livre encerrasse. Então, numa noite, meu pai e demais camaradas fizeram uma brincadeira, que foi devidamente combinada com um dos amigos que, propositadamente, chegaria atrasado para assistir a Luta Livre.  Iniciou-se a sessão de tv, e um dos amigos chegou "atrasado", correndo,  com ares de assustado  e avisou:
 -  "Jorge , corre que tem ladrão na tua casa! Eu vinha vindo para cá e vi um homem pular a janela, na tua casa! "

Pobre do seu Jorge ,   quase teve um piripac, e dizia: "E agora? A Florindinha está sozinha em casa!!!" Meu pai e os "amigos" disseram: "Vamos lá pegar ele". E saíram correndo, fazendo uma algazarra danada! O seu Jorge gritava:

- " Florinda “, cuida que entrou ladrão aí!". Bem, claro que os demais faziam todo o barulho do mundo para dar tempo de o amante  da Dona Florinda fugir. E ele, de fato, saiu pela janela dos fundos, carregando a roupa no braço, e sumiu - correndo pelo banhado que havia ali e, depois, sumindo pelo meio do "potreiro" ou seja, pelo meio do pasto, desaparecendo entre o mato , carregando as vestes que não tivera tempo de vestir.

A dona Florinda , branca de dar dó com o susto e o medo do flagrante , abriu a porta, e , cara de pau ,  sustentou a mentira:  disse que estava mesmo trocando a roupa e pondo a roupa , se preparando para  dormir, e então ouviu alguém entrar;  Aí , ficara trancada no quarto, com medo. Mas que o "ladrão" saíra pela janela.
 E assim terminou a noite: seu Jorge  ficou em casa, cuidando da  sua amada e fiel “ Florindinha “ , e meu pai e os camaradas voltaram para minha casa, onde riam de dobrar-se ao meio, lembrando da corrida desabalada do "ladrão", que tivera que sair às pressas, através da  janela pela  qual entrara  ,  atravessar um riacho de quatro metros de largura , existente no fundo do quintal , com água pela cintura, correndo  pelado e com as roupas nos braços em direção ao mato... !
Claro que esta história nunca foi contada à minha amiga ... que nunca, portanto, ficou sabendo da armação . O fato é que o “ ladrão , que costumava entrar pela janela e fugir por ela, nunca mais apareceu...D.Florinda ficou na dela e nunca mais se falou no assunto  !

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