sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

A praga dos telefoninos...






Ainda a praga dos celulares .


Não faz muito tempo escrevi algo sobre este mesmo assunto e hoje volto  a estar vivendo uma nova experiência ...
A secretária que esteve aqui em casa por exatos seis anos e que pediu demissão na ocasião que lhe parecia mais oportuna, era dona de um celular através do qual monitorava toda a família o dia inteiro ,  o que quer dizer que durante todos os dias andava ,  praticamente ,  com o celular grudado em um dos ouvidos . De passagem, é preciso assinalar que ela tinha uma família meia complicadinha  o que fazia do celular um instrumento de grande valia na administração da sua família. Tivesse demorado mais um pouco aqui em casa, provavelmente ela teria aproveitado a idéia de colocar em cada membro da família,  uma tornozeleira, que está na moda, para controlar a movimentação de cada um dos seus membros... Pois bem , esta fase já passou e já não se fala mais nela porque é passado. Só que me lembrei dela ao ler a crônica de um amigo que anda chiando com os odores emanados de uma cozinha industrial instalada na sua rua, quase em frente a sua casa , em condições inadequadas, causando uma série de inconvenientes. Puxa, eu sempre me desvio da minha rota mas volto a ela. Era necessário providenciar imediatamente uma substituta porque não podemos eu e a minha mulher prescindir de uma ajuda nos trabalhos de casa. Conseguimos , com uma rapidez incrível  ! Aliás, até mesmo antes de expirar o prazo para que a demissionária se fosse , já havíamos contratado a atual,  que pegou no batente a partir do dia 2 de janeiro. Começou o ano conosco. Jovem, legal, de bom temperamento, prestativa , interessada pelo seu trabalho e até certo ponto perfeccionista, o que é uma raridade,  e com uma tendência nata para cuidar de idosos . Melhor, não podia ser !
Mas , sempre tem um porém ! Não conseguimos resolver o problema do celular ... neste sentido, as coisas continuam as mesmas ! 

Neste aspecto, foi o mesmo que trocar seis por meia dúzia !


Rio Vermelho ,19.02.14                                                  Sarnelli
Salvador/Ba


domingo, 9 de fevereiro de 2014

O celular na vida doméstica




A praga dos celulares

   Como seria a vida sem os celulares hoje ?

Foi um amigo que me inspirou a escrever esta pequena crônica, após eu haver visto uma sua,  provocada por uma vizinha na sala de cinema que, apesar de estar escura e com um filme na tela, não desgrudava do seu celular para conferir as suas mensagens.  Advertida, continuou a usá-lo dentro da bolsa sem deixar , no entanto, de continuar  a incomodar,  mas esta é a história do meu amigo. A minha também tem a ver, e muito, com celulares. É a epidemia do momento e diria que a doença pegou a todos de um modo geral sendo que é facílimo encontrar-se pessoas com dois ou mais celulares e ainda grudadas em jogos eletrônicos o dia inteiro, com esses tais de tablets , o que faz com que essas pessoas, geralmente jovens, se alienem totalmente do mundo real.
Os celulares têm muitas utilidades e eles estão por todos os lugares . Ocuparam tanto espaço e se alastraram ao ponto de muita gente não deixar de aproveitar um tempinho , mesmo enquanto está no trono , para para fazer alguns contatos Se o cara, lá do outro lado, perguntar: onde você está ? Certamente a resposta poderá ser: na praça de alimentação do shopping... Mas eles também freqüentam os consultórios médicos, ou seja, as salas de espera, onde algumas pessoas se aproveitam para fazer ligações ,  mantendo longas conversas e dando um monte de ordens para quem está na outra ponta, dando a parecer que está administrando um império , já que hoje em dia não se pode perder tempo porque: time is money , dizem ou diziam os ingleses e as 24 horas do dia não são mais suficientes,
Foi assim que há algum tempo, estando sozinho em Salvador pois a minha mulher estava em S.Paulo visitando a irmã, resolvi fazer um dia diferente e fugir dos badófios que a minha secretária do lar conseguia produzir , mas sem variar. Já tinha enjoado! Para não andar muito , procurei um restaurante mais perto de casa  e acabei escolhendo um na praça de Santana. Eram 11,45 quando entrei, salão vazio ,  mas os alimentos já estavam dispostos no “ banho Maria “ Me servi, escolhi uma mesa da qual eu pudesse olhar para a rua, sentei-me e comecei a minha refeição. Logo a seguir entrou um senhor, se acomodou logo atrás, de mim,  num salão onde somente eu estava, espalhou uma papelada sobre a mesa e começou a fazer ligações em voz alta , discussões , raciocínios , etc. Claro que me senti incomodado. Virei-me para trás e lhe disse: senhor, com um salão tão grande e uma praça enorme aí em frente ,  o senhor vem montar um escritório logo atrás de mim ? Por favor, desejo fazer a minha refeição em paz , isso, com cara feia ! Mas, mas é muito importante, respondeu ele ! Sim pode ser até que seja mesmo,  para o senhor , mas não para mim , que não tenho nada a ver com os seus problemas e seus negócios . Se convenceu, pegou o seu material e saiu do restaurante.Nunca mais dei de cara com ele...
Mas , a crônica tem uma outra finalidade.

Comecei pensando na minha antiga secretária ,  que nos serviu muito bem durante 6 anos exatos ,  mas não desgrudava do celular , que estava sempre no bolso da bermuda. Ela tinha e tem uma família complicada e era daqui que ela monitorava o seu pessoal. Ora ela chamava, ora era chamada , até que um dia me irritei e dei-lhe uma bronca, porque gastava um tempo imenso nessas tais comunicações. Tivemos que discutir o assunto, pois ela se achava que era um direito seu, inalienável, manter-se em comunicação com o mundo, incluindo a sua família, principalmente ! Se me lembro, até um tempo atrás, quando uma secretária quando precisava de uma ligação e até para atender a  uma, pedia licença à patroa,  mas hoje elas têm os seus celulares e quem vai discutir ? Eu andava irritado com tantas telefonemas , muito além do limite do razoável,   mas chegou um dia, ainda no ano passado, em que ela me avisou que só trabalharia até o último dia do ano, pois havia se aposentado. Não perdi tempo , e antes que ela se arrependesse , redigi a carta de aviso prévio dela para mim que foi devidamente assinada.
Precisava preencher a sua vaga e um amigo me arranjou justamente uma auxiliar que tem as características que eu e minha mulher necessitamos. Caiu a sopa no mel ! Saíu do último emprego porque a senhora que ela cuidava se foi . Espero que fique muito tempo por aqui,  só que o problema do celular continua...         Fazer o que ?

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Rio Vermelho de outros tempos ! Tudo o que ouvi dizer .





Ontem , um dia bastante quente , à tarde , dei uma saidinha com a minha esposa para ir até a pracinha do bairro, que é bem pertinho da minha casa, para curtir um pouco de ar que o mar costuma nos mandar e pegar um acarajé frito na hora e às nossas vistas, quando um jovem, portando um microfone sem fio onde estava estampada a logo de uma transmissora de TV,  se aproximou de nós que estávamos sentados num banco da praça e , após os cumprimentos de praxe, me perguntou se podia conversar comigo. Me perguntou se eu era um antigo morador do Rio Vermelho, fato que, evidentemente , confirmei, e se podia me fazer algumas perguntas. Começamos então a conversar. Respondi algumas perguntas espontâneas, ou seja, não havia um roteiro , todas elas interessadas nos esportes que se praticava antigamente no Rio Vermelho . Ele, claro, tinha poucas informações. Buscava por elas e, de minha parte, eu também, despreparado para uma entrevista desse tipo e porque os meus interesses nunca foram direcionados neste sentido. O repórter estava interessado num  hipódromo do qual ouviu falar.... Predominou a minha curiosidade , pois, voltando algumas décadas para trás, me lembrei de haver visto , uma única vez, no meio de um matagal, o que restou de algumas cercas de limites do que antes fora um hipódromo e onde realmente aconteceram corridas . O espaço onde tudo isto acontecia era o hoje Parque Cruz Aguiar. Longe da cidade , nos tempos em que ainda tínhamos estrebarias e estábulos. Quando o leite , na prática, ia diretamente das tetas das vacas para as xícaras  sobre as nossas mesas , depois de fervido , em nossas casas , levado até as nossas portas e vendido por litro, medido por uma caneca , algo que não se vê mais hoje em dia, inadmissível ! Mas, vamos voltar ao assunto desta minha crônica. Ouvi pouco ou quase nada sobre corridas de cavalos no RVO mas aconteceram durante algum tempo. O Rio Vermelho, na época, ficava longe do centro da cidade e só podia ser alcançado  por meio dos bondes, que podiam ser da linha 14 a normal  , o 15 que era a linha do Rio Vermelho de baixo e que vinha do Retiro por dentro do mato e do barro seguindo um traçado que hoje é a Vasco da  Gama , que chegou a ser conhecida como a Vasco da Lama, e o 16, “ AMARALINA “ , que passava pelo bairro e fazia a mesma linha que o 14 indo um pouco mais além, ou seja, até AMARALINA “. Todos eles chegavam  apinhados... e eram insuficientes.
Outro esporte , como não  podia deixar de existir, era o futebol.  Que teve, no Rio Vermelho , ao que se saiba, pelo menos dois times, o Botafogo e o Ypiranga que teve a sua sede na rua da Paciência , a antiga, antes de ser ampliada. Ficava ali bem pertinho do ex-Colégio Guiomar Guimarães . Me lembro que o Ypiranga treinava na Chapada , onde hoje é a Ceasinha. Do Botafogo, não me lembro nada. Tomei conhecimento de que os jogos mais importantes e os campeonatos eram disputados no Rio Vermelho. O pior é que é quase tudo na base  do ouvi contar, porque pouca coisa ou nada , ficou para contar a história.O turfe  obteve um grande sucesso, ao que se sabe , mas , mesmo assim, não durou muito tempo.Provavelmente  a dificuldade de transportes foi uma das causas que determinou o seu fim , mesmo porque a cidade estava crescendo e vindo ao encontro ao bairro... Os jogos, então, passaram a ser realizados no Campo da Graça e, posteriormente no Estádio da Fonte nova agora reformado e batizado, não oficialmente, como “Arena Fonte “ , por uma autoridade estrangeira , apagando o nome do ex-governador Otávio Mangabeira , o que considero uma grande injustiça , mas, quem manda não é a FIFA?...Tudo agora, que se pretenda fazer, tem que ser padrão Fifa !
Há registros de que outros esportes foram tentados, como, por exemplo , o Tênis , lá pelos anos 1920/30 , o “criquet” para o deleite dos ingleses, que teria sido praticado onde hoje é a Rua do Boi. O resto, aconteceu no espaço que hoje é o Parque Cruz Aguiar !
O mais estranho é que nos meus tempos de criança nunca ouvi falar destas atividades esportivas por aqui.

O Rio Vermelho, longe do centro da cidade, era tido como um local de veraneio onde o pessoal estressado da época vinha buscar alguma saúde nas águas salgadas , mas nas férias escolares dos seus filhos , já que diziam que o mar curava certas doenças...! Depois uns e outros foram ficando , construções foram surgindo , dando formação ao bairro !

Conversei com outro morador antigo do Rio Vermelho e lhe perguntei o que sabia a respeito. Ele, simplesmente, me respondeu que só sabia o que seu pai lhe havia contado e que, portanto,  não tinha visto nada disso ! Quer dizer: esta é a crôniva doque ouvi dizer e doque me contaram...