quarta-feira, 4 de novembro de 2015

A motorista e o motorista




A motorista e o motorista
No nosso dia a dia nos deparamos com algumas situações , umas cômicas, outras desagradáveis . Delas extraímos diversas lições que podem e devem nos ser úteis.
Acho que tem dias em que não devo sair de casa. Ontem , comecei o dia dando de cara com um bêbado na minha rua e hoje tenho esta historinha para contar . Eu sempre gostei de uma boa discussão,mas , ultimamente ,  até que estou me comportando e não estou ligando para muitas coisa... Mas, tem uma coisa: não gosto de gente metida a besta , que se julga superior aos outros.
Vou começar com uma historinha. Eu havia ido de ônibus , não , ônibus n]ao ,  fui de carro ,  ao supermercado aqui perto de casa e, chegando lá , justamente quando estava para entrar , chegou um veículo pilotado por uma senhora de idade .Haviam muitas vagas, mas ela , distraidamente , estacionou o seu veículo numa vaga para gestantes. Quando a motorista saiu do carro vi que se tratava de uma senhora elegantemente vestida e eu a cumprimentei. Bom dia minha senhora! Posso lhe fazer uma pergunta meio indiscreta ? Pela sua fisionomia, no mínimo achou que algo era estranho. mas respondeu que sim e eu fiz a pergunta: me desculpe, mas, por acaso a Senhora está em estado de gestação ? Ela riu  um sorriso duvidoso  perguntou: por que ? É que a senhora está usando uma vaga para gestante e do lado direito do seu veículo há três vagas para idosos disponíveis. Ah, eu não percebi,  desculpe , vou mudar. Entrou no carro, fez a manobra e estacionou na vaga correta .
Mas eu já tenho outra para contar : fui à uma delicatessen comprar uns embutidos. apesar de que agora estão divulgando que fazem mal. Desta vez fui de buzu mesmo. Desci numa plataforma e tive que subir uma longa rampa . Ao seu final, a rampa oferece duas opções . Tanto você pode ir para a esquerda, como tomar  a direita, e foi o que eu fiz.. Desta vez eu tive que descer  outra rampa com cerca de 60 metros e peguei o caminho da delicatessen . Estava entrando , já dentro do espaço físico do estabelecimento ,  quando alguém fez soar a buzina de um carro. Eu atravessava o espaço, lentamente apoiado na bengala e capengando  Continuei até completar o percurso e parei na porta à espera do motorista que havia buzinado para que eu me apressasse para lhe dar passagem. Ele estacionou corretamente numa vaga de idoso. De dentro do carro me saiu um senhor alto, de cabelos braços como os meus e veio em minha direção ,  me dizendo: o senhor correu um sério risco de ser atropelado ! E o senhor foi muito mal educado ao buzinar pedindo passagem. Eu já estava dentro dos domínios da empresa. Aqui não é pista de rolamento e o senhor desrespeitou um pedestre numa área de circulação de pedestre. Foi muito  mal educado. Sem dizer mais nada ele começou a se afastar e eu ainda repeti que ele tinha sido mal educado. Entramos na loja discutindo, muita gente viu, ele entrou eu o revi-o uma só vez e depois, rapidamente,  desapareceu. Se pirulitou! Na certa ,  não esperava reação e passar pelo que passou na presença de diversas pessoas.
O caso da senhora ,  eu o achei engraçado, ela foi compreensiva e educada,  mas o do senhor de idade , me fez pensar sobre os tipos de motoristas arrogantes  que ganham uma CNH e circulam pela cidade . Um perigo, um kara desse ! E, pior, sobre o que muitos deles têm na cabeça. A senhora , foi gentil e corrigiu a falha mediatamente. O senhor , foi prepotente e arrogante . Na certa pensou que estava por cima da cocada e que não encontraria reação. E não é que as aparências enganam ?
Sarnelli, 04.11.2015.