Me repassaram um mail , um amigo , melhor dizendo um vizinho , através do qual tomei
conhecimento de algo que, simplesmente , e aterrorizou .
Você sabia que está em curso
um projeto de Lei, que tem o número 268/2007 e que trata nada mais nada menos
que da criação das “ sementes suicidas
? “ Se eu consegui entender , viriam a ser sementes que só poderiam ser
utilizadas uma vez, porque, uma vez conseguida
a produção, as sementes geradas por essa produção ,seriam inférteis, não
permitindo ao agricultor produzir as suas próprias sementes no seu cultivo e
assim , continuar indefinidamente. Quer dizer. O agricultor, se a lei for
aprovada, comprará as sementes todas as vezes que desejar plantar, porque não
poderá utilizar as que produzir no seu cultivo porque elas sendo genéticamente
preparadas para só produzirão uma única vez ! Elas viriam a ser inférteis e por
isso já são chamadas de “ sementes suicidas “ porque não permitirão a continuação
da espécie, obrigando o produtor a comprar novas sementes , a cada plantio. Isso é coisa de multinacionais
, projeto que espero não seja aprovado , o que seria um absurdo. Um perigo para a humanidade ! Uma insanidade
,mesmo ! Um crime contra a natureza que precisa se reproduzir livremente.
Como coisa puxa coisa, me
veio à mente um fato interessante que eu não sabia a que atribuir. Desde criança
sempre fui ligado à terra. Quém me conhece, sabe que já tenho uma idade
avançada o que quer dizer que venho vindo de longe. Deixei muito tempo para
trás e ainda pretendo consumir mais um bocado,
antes da viagem a que estamos todos condenados. Bem, mas vamos ao caso
objeto do presente comentário ou crônica. Nós tivemos o privilegio, a turma da
minha geração, de morarmos em casas amplas, embora geminadas, com as janelas
dando diretamente para os passeios , mas todas elas com grandes quintais onde
organizávamos hortas , criávamos galinhas, coelhos e até mesmo o porquinho que
ia sendo sovado e preparado para o Natal. Plantávamos o milho da nossa canjica
, com as sementes obtidas de espigas produzidas no nosso próprio espaço,
fazíamos as nossas leiras , das quais tirávamos tomates, quiabos, couve ,
alface , enfim, como no país em se plantando tudo dá, como escreveu Pero de Vaz
Caminha , para o Rei de Portugal
descrevendo a terra descoberta, e desse quintal muita coisa pegava o caminho da
mesa, ajudando até no orçamento da casa . Eu tinha a mania de cavocar a terra,
fazer as minhas leiras e plantar. As sementes ? Ora, mas que bobagem !... Era
só deixar um quiabo secar no pé e depois plantar as bolinhas pretas que iriam
nos dar de volta quiabeiros sadios para o nosso caruru e ou a nossa
quiabada.Com os tomates, nem era preciso tanto. Bastava ele estar maduro e com
as suas sementes, criar um pequeno viveiro para , no momento certo ,
transplantar as mudinhas que iriam nos dar novos tomateiros os quais, por sua
vez, nos dariam novas semente e, assim
indefinidamente , a natureza produzia e
nos provia de tudo o que desejássemos , sem esquecer dos temperos , muito menos
do coentro, que gerava uma bolinhas e produziam em quantidade . Eram as
sementes para o replantio.
Ao ler o mail do meu amigo,
algo se esclareceu na minha cabeça ! ! !
De algum tempo para cá ,
tenho tentado, mesmo em jardineiras, porque, embora ainda more em casa , mas
não tenho quintal , conseguir algumas mudas sem nenhum resultado. Pode até ser uma simples
coincidência como a qualidade da terra e ou do adubo , mas o fato de não nascer nada e a história
desse projeto nefasto, dá para pensar que a coisa já vem acontecendo há muito
tempo. Agro-tóxico, sementes suicidas que só produzem uma vez e torna as que
são produzidas inférteis, é o monopólio de multinacionais no mercado de sementes!
Tente ver se consegue reproduzir um tomateiro ou uma planta de pimentão a
partir das sementes de uma unidade
comprada no supermercado ou numa feira livre . Eu não consegui e aí deve estar
o motivo. Embora a lei não tenha passado, a coisa já deve estar acontecendo há
muito tempo.
Sinceramente, é demais.
Estou indignado ! ! !
Sarnelli,
Rio Vermelho, 17.10.2013
Salvador/BA
4 comentários:
Toda a briga contra os transgênicos, Sarnelli, é por causa destas sementes inférteis. Eles pretendem escravizar a compra de sementes para todos os plantios. Mas isso não é coisa nova. Há quanto tempo vc tem ouvido falar da luta contra os transgênicos como um interesse de multinacionais?
Obrigado pelo seu comentário , amigo Anônimo . Ajuda a confirmar para os mais desavisados como eu o que anda acontecendo ,Peço uma gentileza.Da próxima vez que fizer um comentário, se possível, se não tiver problema de conta, se identifique.
Não sabia que isso existia.
Que horror!
Não sabia que isso existia.
Que horror@
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