Foto colocada apenas para ilustrar a postagem. Nada a ver com a historinha...
Eu os fotografei do páteo da minha casa , passeando pelos fios. Por falta de " habitat", eles invadiram a cidade!
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Num dos mails que costumo trocar com uma amiga
, ela me contou a seguinte historinha, fruto de uma brincadeira armada por
amigos numa situação meio complicada.
Conta ela , como recordação de infância :Eheheheh Vamos à uma historinha, lembrança de
meus dias de menina? Pois bem... Esta amiga que me mandou as fotos que
estão no anexo, morava ao lado da casa em que me criei. Éramos amigas de
escola e vizinhas, e a casinha de madeira em que ela morava era dos meus pais,
que alugavam aos pais dela. Apesar de sermos pobres, éramos uma das raras
famílias a ter televisão. Então, aos domingos à noite, as famílias amigas de
meu pai e de minha mãe iam lá para casa, assistir televisão - a famosa
"Luta Livre", onde tudo era combinado, mas só o fato de passar na TV
preto e branco , encantava a todos. A
reunião costumeira dos tele-vizinhos que se fazia na época em que as primeiras
televisões iam sendo instaladas nas casas, acrescento eu . Quém se lembra do tele-catch com Ted Boy Marino, recentemente falecido ? Mas, vamos em frente . A
mãe da minha amiga chamava-se Dona Florinda.
Era uma mulher grande, opulenta, que trabalhava em uma fábrica na nossa
cidadezinha .. Muito caprichosa, com a casa e consigo mesma, estava sempre bem
arrumada, perfumada, usando batom. Era um mimo ! Era, como se dizia, uma mulher "vistosa",
chamativa , quase de fechar o comércio , como se dizia antigamente... Aos domingos, ela mandava o marido e a filha irem assistir tv lá
em casa, e aproveitava para "organizar a casa para a semana", sem a
família para entrar e sair . ficar perturbando e atrapalhando o trabalho que
seria feito sem intromissões e sem obstáculos a serem superados...
Pelo menos, era o que ela dizia.
Meu pai e alguns de seus "camaradas", entretanto, descobriram
que , mal o pobre do marido se instalava lá em nossa casa, em frente à TV, o
amante da Dona Florinda , que era patrão dela na fábrica , entrava pela janela, sempre indo embora antes
que a Luta Livre encerrasse. Então, numa noite, meu pai e demais camaradas
fizeram uma brincadeira, que foi devidamente combinada com um dos amigos que,
propositadamente, chegaria atrasado para assistir a Luta Livre. Iniciou-se
a sessão de tv, e um dos amigos chegou "atrasado", correndo,
com ares de assustado e avisou:
- "Jorge , corre que tem ladrão na tua casa! Eu vinha
vindo para cá e vi um homem pular a janela, na tua casa! "
Pobre do seu Jorge , quase teve um piripac, e dizia: "E agora? A
Florindinha está sozinha em casa!!!" Meu pai e os "amigos"
disseram: "Vamos lá pegar ele". E saíram correndo, fazendo uma
algazarra danada! O seu Jorge gritava:
- " Florinda “, cuida que entrou ladrão aí!". Bem, claro que
os demais faziam todo o barulho do mundo para dar tempo de o amante da
Dona Florinda fugir. E ele, de fato, saiu pela janela dos fundos, carregando a
roupa no braço, e sumiu - correndo pelo banhado que havia ali e, depois, sumindo
pelo meio do "potreiro" ou seja, pelo meio do pasto, desaparecendo
entre o mato , carregando as vestes que não tivera tempo de vestir.
A dona Florinda , branca de dar dó com o susto e o medo do flagrante ,
abriu a porta, e , cara de pau , sustentou a mentira: disse que estava
mesmo trocando a roupa e pondo a roupa , se preparando para dormir, e então ouviu alguém entrar; Aí , ficara trancada no quarto, com medo. Mas
que o "ladrão" saíra pela janela.
E assim terminou a noite: seu Jorge ficou em casa, cuidando da sua amada e fiel “ Florindinha “ , e meu pai
e os camaradas voltaram para minha casa, onde riam de dobrar-se ao meio,
lembrando da corrida desabalada do "ladrão", que tivera que sair às pressas,
através da janela pela qual entrara
, atravessar um riacho de quatro
metros de largura , existente no fundo do quintal , com água pela cintura,
correndo pelado e com as roupas nos
braços em direção ao mato... !
Claro que esta história nunca foi contada à minha amiga ... que nunca,
portanto, ficou sabendo da armação . O fato é que o “ ladrão , que costumava
entrar pela janela e fugir por ela, nunca mais apareceu...D.Florinda ficou na
dela e nunca mais se falou no assunto !
2 comentários:
Muito deliciosa a sua estoria, me fez me lembrar de alguns causos semelhantes. Felizmente o seu vizinho contou com a compaixão dos amigos, mas tem aqueles que são corneados a vida inteira sem saber. Só não intendi a relação das fotos dos micos no cabo telefônico com a estoria.
Abraço,
Cristiano
Pois é... A Dona Florinda talvez tenha aprendido a lição, após o susto... Ou não. Lembras do ditado que diz que "O Lobo perde o pelo mas não perde o vício?".
Grande abraço,
Bia
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