domingo, 16 de novembro de 2014

Eu e o Bob , o meu viralata

Os dois amigos ! Um deles, é um ser humano e o outro á um quadrúpede modelo cãozinho autêntico vira-lata pretinho, tão pretinho que não se observam detalhes do seu focinho, mesmo se fotografado de bem pertinho. ... Pronto, apresentados os personagem desta historieta . Desde criança , sempre tive um cão por perto, como companheiro para as minhas brincadeiras e mais tarde, até um mestiço meio policial que atendia pelo nome de Dick . Durou bastante tempo e era o guardião de minha tranqüilidade , pois , ao deitar-me , ele se posicionava na soleira da porta do meu quando e ninguém mais entrava enquanto eu não acordasse. Nem a turma de casa... Naquela época, chegava em casa tarde da noite ! É o Bob que passou a fazer parte da família ainda pequeno e naquela fase em que estava afiando os dentes. Deu um monte de prejuízos , mas , à esta altura do campeonato a mania já passou. Hoje ele se limita a apanhar uma sandália , mostrá-la e quer brincar fazendo com que você corra atrás dele para recuperar a peça. Depois da brincadeira , ele a abandona sem causar prejuízo. Apanha meias, e trapinhos que encontra pelos caminhos, sempre para a mesma brincadeira. Apesar de ser um tabaréu, é muito inteligente . Está com, no máximo , 3 anos. Não sei ao certo, porque antes ele estava com uma criança mas , arteiro como é, não pôde ficar . Já estabelecemos um modo de nos comunicar . O mais interessante é que não é um cão chato. Sabe pedir e esperar. Vivemos numa casa térrea,com uma área externa razoável mas ele gosta de dar as suas saidinhas . Bem pertinho aqui de casa temos uma praça onde ele costuma farejar as coisas e também se aproveitar dela, fazendo suas necessidades juntos às árvores. Gosta , também de correr subindo e descendo numa velocidade incrível uma ladeira existente por aqui. É conhecido pelo pessoal como o “ pretinho” e admirado pelas suas correrias. Levá-lo a passear é algo relativamente complicado porque, apesar do seu pequeno porte é forte e arrasta as pessoas . Diariamente , pela manhã, um dos meus filhos o leva mas nem sempre isto é possível . Então providenciei uma focinheira e o solto. No início ele refugava a peça, mas já se acostumou e quando a vê nas minhas mãos festeja pulando correndo para lá e para á, pois sabe que vai sair. Sai ,fica algum tempo e retorna, corre para mim e me aponta o focinho como se dizendo: tira esta porcaria do meu focinho. E fica quieto e tranqüilo por um bom espaço de tempo. Gosta demais, de companhia. Lá 15/16 horas me procura e não larga do meu pé. Sinal de que está me dizendo que está na hora de soltá-lo para dar outra voltinha, mas à tarde não o solto. Ele tem que esperar meu filho mais moço que é quem sai com ele. Então, chega a hora da ração. Ele come apenas uma vez por dia. Por volta das 17,30, 17:40 ele aparece invariavelmente . Olha para mim sem fazer um só ruído , faz um alongamento com as patas dianteiras e se esparrama pelo chão dando a impressão de ser um sapo. Então , pacientemente , aguarda que eu lhe prepare a ração, que não é uma qualquer. Um ovo duro amassado, meia cenoura, uma boa colherada de massa de carne e uma porção de ração específica banhada com água morna e um pouco inchada. Ele come tranquilamente e depois segue para a porta da sala. Quer voltar para a área, mas pela porta da frente. É uma nova mania. É lá fora que passa a noite. No dia a dia tem os seus momentos. Quando almoçamos, ele se acomoda num seu tapete na sala, pois gosta de estar onde estamos. Se passamos para o gabinete ele vem atrás. Pegou a mania de passar boa parte do dia dentro de casa. Pode ser em baixo da cristaleira , de um sofá ou mesmo em baixo da nossa cama, mas do lado da Paola. Pela manhã , aparece de repente e eu já sei que está cobrando uma saída. Porque não posso acompanhá-lo, ele é muito forte , comprei uma focinheira à qual ele já se acostumou. Já a aceita tranquilamente , porque sabe que vai sair, e o solto. Não demora muito retorna e me procura. Me olha fixamente , como se dissesse: tira esta porcaria do meu focinho ! Quem sabe , ele pense de outra maneira , mas é assim que eu interpreto, afinal, não fica bem um cãozinho de família, apesar de ser um viralata, pensar coisas feias ! Bem, esse é o Bob , o meu companheiro canino que, de certa forma, preenche os meus dias . Até a própria patroa que nunca desejou animais em casa se preocupa com ele. Quando os meninos eram crianças, tivemos alguns , mas eles cresceram e, por isso, durante muito tempo deixamos de ter a companhia de um animalzinho que lhe dá muito mais do que recebe. Basta ver a alegria com que nos recebe quando retornamos de uma saída. Uma das manias do Bob é subir no muro da frente da casa para observar o movimento da rua. Principalmente quando um de nós sai. Tem a facilidade de um gato , mas aproveita as colunas como base de sustentação. Não pula para a rua , por causa da grade... Quém tem um animalzinho em casa, sabe como é ... como todos os seus irmãos, adora carinho. Gosta de passar por entre s pernas das pessoas e até mesmo se postar entre elas para receber afagos. Esta noite está esfriando um pouco , mas ele “ pediu “ para sair. Quer passá-la lá fora , na área. Não, não vai fazer a segurança da casa, porque é do tipo de fazer festa a ladrão. Até hoje ainda não mordeu ninguém . Espero que não aconteça a famosa primeira vez... Mas pequenino como é , tem um latido assustador. Quem passa pela rua e ouve o Bob latir, certamente pensará que temos uma fera em casa ! Sarnelli 16.11.14

2 comentários:

Sarnelli disse...

Olá Sarnelli
Não consegui abrir seu e-mail, então já tinha ficado curiosa para saber do que se tratava, então fui no blog.........aaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhh!!!! que linda crônica sobre o Bob, que lindo teu amigo. Mas gostei mais da parte que você fala que ele não serve para espantar ladrão, já que é capaz de fazer amizade com o ladrão, pois faz amizade com toda gente.

E eu não tenho cachorro, mas adoro histórias de cachorros pois eles são muito inteligentes.

abç

Cida

Anônimo disse...

Muito linda (e comovente) esta crônica sobre o Bob! E a foto dele está impagável! De fato, meu amigo, os cães nos dão muito mais do que recebem! E são de uma fidelidade comovente para com aqueles a quem amam! Não é à toa que nos apegamos tanto a eles! Mas, incrivelmente, neste mundo em gente que tem coragem de ser cruel com os pobrezinhos!
Sorte do Bob - que ao invés de "donos", encontrou verdadeiros amigos em ti e Paola!
Um grande abraço,
Bia