domingo, 9 de fevereiro de 2014

O celular na vida doméstica




A praga dos celulares

   Como seria a vida sem os celulares hoje ?

Foi um amigo que me inspirou a escrever esta pequena crônica, após eu haver visto uma sua,  provocada por uma vizinha na sala de cinema que, apesar de estar escura e com um filme na tela, não desgrudava do seu celular para conferir as suas mensagens.  Advertida, continuou a usá-lo dentro da bolsa sem deixar , no entanto, de continuar  a incomodar,  mas esta é a história do meu amigo. A minha também tem a ver, e muito, com celulares. É a epidemia do momento e diria que a doença pegou a todos de um modo geral sendo que é facílimo encontrar-se pessoas com dois ou mais celulares e ainda grudadas em jogos eletrônicos o dia inteiro, com esses tais de tablets , o que faz com que essas pessoas, geralmente jovens, se alienem totalmente do mundo real.
Os celulares têm muitas utilidades e eles estão por todos os lugares . Ocuparam tanto espaço e se alastraram ao ponto de muita gente não deixar de aproveitar um tempinho , mesmo enquanto está no trono , para para fazer alguns contatos Se o cara, lá do outro lado, perguntar: onde você está ? Certamente a resposta poderá ser: na praça de alimentação do shopping... Mas eles também freqüentam os consultórios médicos, ou seja, as salas de espera, onde algumas pessoas se aproveitam para fazer ligações ,  mantendo longas conversas e dando um monte de ordens para quem está na outra ponta, dando a parecer que está administrando um império , já que hoje em dia não se pode perder tempo porque: time is money , dizem ou diziam os ingleses e as 24 horas do dia não são mais suficientes,
Foi assim que há algum tempo, estando sozinho em Salvador pois a minha mulher estava em S.Paulo visitando a irmã, resolvi fazer um dia diferente e fugir dos badófios que a minha secretária do lar conseguia produzir , mas sem variar. Já tinha enjoado! Para não andar muito , procurei um restaurante mais perto de casa  e acabei escolhendo um na praça de Santana. Eram 11,45 quando entrei, salão vazio ,  mas os alimentos já estavam dispostos no “ banho Maria “ Me servi, escolhi uma mesa da qual eu pudesse olhar para a rua, sentei-me e comecei a minha refeição. Logo a seguir entrou um senhor, se acomodou logo atrás, de mim,  num salão onde somente eu estava, espalhou uma papelada sobre a mesa e começou a fazer ligações em voz alta , discussões , raciocínios , etc. Claro que me senti incomodado. Virei-me para trás e lhe disse: senhor, com um salão tão grande e uma praça enorme aí em frente ,  o senhor vem montar um escritório logo atrás de mim ? Por favor, desejo fazer a minha refeição em paz , isso, com cara feia ! Mas, mas é muito importante, respondeu ele ! Sim pode ser até que seja mesmo,  para o senhor , mas não para mim , que não tenho nada a ver com os seus problemas e seus negócios . Se convenceu, pegou o seu material e saiu do restaurante.Nunca mais dei de cara com ele...
Mas , a crônica tem uma outra finalidade.

Comecei pensando na minha antiga secretária ,  que nos serviu muito bem durante 6 anos exatos ,  mas não desgrudava do celular , que estava sempre no bolso da bermuda. Ela tinha e tem uma família complicada e era daqui que ela monitorava o seu pessoal. Ora ela chamava, ora era chamada , até que um dia me irritei e dei-lhe uma bronca, porque gastava um tempo imenso nessas tais comunicações. Tivemos que discutir o assunto, pois ela se achava que era um direito seu, inalienável, manter-se em comunicação com o mundo, incluindo a sua família, principalmente ! Se me lembro, até um tempo atrás, quando uma secretária quando precisava de uma ligação e até para atender a  uma, pedia licença à patroa,  mas hoje elas têm os seus celulares e quem vai discutir ? Eu andava irritado com tantas telefonemas , muito além do limite do razoável,   mas chegou um dia, ainda no ano passado, em que ela me avisou que só trabalharia até o último dia do ano, pois havia se aposentado. Não perdi tempo , e antes que ela se arrependesse , redigi a carta de aviso prévio dela para mim que foi devidamente assinada.
Precisava preencher a sua vaga e um amigo me arranjou justamente uma auxiliar que tem as características que eu e minha mulher necessitamos. Caiu a sopa no mel ! Saíu do último emprego porque a senhora que ela cuidava se foi . Espero que fique muito tempo por aqui,  só que o problema do celular continua...         Fazer o que ?

3 comentários:

Anônimo disse...

Engana-se quem acha que pode conversar assuntos particulares ao celular durante o trabalho. Educação e bom-senso são coisas tão boas, pena que só muitos poucos usem.
Cristiano Teixeira

Anônimo disse...

kkkkkkkkkkkkk Desculpa, meu amigo, mas tive mesmo que rir! O Celular chegou para ficar, e realmente acaba ajudando, por um lado,e escravizando-nos, por outro!
Tua crônica me fez lembrar que, dias atrás, num restaurante, ouvi toda a conversa de uma senhora com sua mãe, relatando (ao celular) a consulta médica que tivera e como seriam os procedimentos de sua futura cirurgia. Que "bela hora de almoço"... Pena que eu não tive a tua coragem para reclamar! Abração!
Bia

Sarnelli disse...

Comentário recebido por mail e reproduzido aqui.

Respondi que achei muita graça da praga do celular que você não consegue se livrar e mais, com a Tete você escondia o "dito cujo" no bolso, na geladeira, e com esta, não tem jeito. Deve ser praga da Tete, desculpe mas, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Cida