O sol nasce para todos, mas a sombra não é para todo
mundo. O que estou dizendo é um paradoxo...
Veja esta foto. Foi sacada no momento em que fui
buscar a minha irmã para almoçar no dia de Natal com o meu filho Claudio, nora
e netinhas . Era quase que exatamente 09:50 . O local foi aquela praça ao lado
do canal , em frente da pizzaria e da casa da minha irmã. Até hoje não sei nem
se a praça tem nome ! O pobre coitado ( jovem ) dormia sobre um colchão
de esponja velho , extravelho, desbotado e furado , e
tinha um forro sobre ele em igual condição.
Estava, como aparece na foto, sob uma daquelas
belas árvores , enquanto na outra, há um monte de entulho. Aquela pracinha,
já virou ponto oficial de descarte de galhos e cascalhos - não tive intenção de
fazer trocadilho...veio sozinho.
Dormir ao relento numa noite de Natal ( na verdade, da
ceia ) em total solidão, tendo por cobertura as folhas das árvores, o céu e as
estrelas e esquecido do resto do mundo , não é uma boa. Sorte que o tempo esteve bom, não choveu
e muito provavelmente ele pôde ter uma noite tranquila , ao contrário de muita
gente que, quando encosta a cabeça no travesseiro e consegue dormir , começa a ter
pesadelos e preocupações... mas tem todos os bens materiais que uma posição pode
proporcionar, inclusive dormir de barriga cheia , vendo o mundo girar !
2 comentários:
O Natal é sempre uma festa triste. Para sorte do seu personagem, não nevou naquela noite!
Cristiano
Meu amigo,
Que cena triste numa noite que deveria ser Feliz.
Este tipo de cena dói - e o pior é ver cenas assim aqui no RS, no mais frio e cruel inverno. Infelizmente, se tornaram comuns, e sob a chuva ou em noites de geada, homens e mulheres de todas as idades, assim como crianças, dormem enroladas em papelão, sob as marquises das lojas. Ajuda-se um ou dois - mas são centenas.
Abraços,
Bia
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