Uma tarde na Ribeira e o pôr do sol no Monte Serrat
Esta tarde de domingo meu
filho veio nos pegar para uma ida à Ribeira. Para fazer algo tão comum como
tomar um simples sorvete. Nada inusitado., mas um belo passeio. O que há de diferente é que a Ribeira é do
outro lado da cidade , na península itapagipana. Um lugar muito bonito , onde
um braço de mar tem uma história para contar.
Ainda se pode ver o prédio ,
praticamente sem função alguma, por não ter sido convenientemente aproveitado,
que servia de estação de desembarque e embarque para os passageiros , os privilegiados , que podiam viajar de avião
pelo seu alto custo na época. Era ali
naquele braço de mar, que também servia de raia para os esportes de remos e até
mesmo competições, que os catalinas desciam e subiam. Foi ali que, pela
primeira vez na vida via um catalina amerizar , encostar e lançar uma âncora ao mar
. Coisa curiosa, um avião lançando uma âncora no mar para firmar a sua posição
! Nada mais nada menos que um avião atracado ! Mas era e ainda é assim, em
locais distantes e longe da civilização. Os catalinas ainda estão voando,
acreditem ou não. Descem em rios , lagos, onde houver água...
Eles podem ser considerados,
pelo menos eu os considero, barcos que
voam...
Bem, deixando de lado o remo
e os catalinas , e a beleza da paisagem , vamos à sorveteria, afinal, fomos à Ribeira por causa dela. Pô,
nunca vi uma sorveteria tão cheia ! Também,... ela é famosa! Ganhou fama por
seus sorvetes de frutas , mas, hoje, a variedade de sabores é imensa. Era e é
uma das melhores da cidade e, tem mais:
é quase centenária ! Atrai multidões , que atravessam a cidade para ir
tomar um sorvete lá, apreciar a beleza do braço de mar e as cidades que estão
do outro lado , tanto no alto da montanha ,como quase que no nível do mar, por
onde passa uma ferrovia , meia sucateada hoje, mas da qual tenho história para contar. Mas esta história é uma
outra história. Eu quero falar é do sorvete e da sorveteria. Foi preciso enfrentar uma bruta fila para
pegar a ficha. O salão é imenso e a freqüência, como já dito, dá a impressão de uma feira. Mas
não só a sorveteria da Ribeira, como a própria praça , é um, local agradável
onde os moradores do bairro curtem um domingo ou um feriado tranqüilo e alegre, conversando com os amigos, como se vivessem
numa cidade do interior , comendo um pedado de pizza, um pastel, acompanhados
de uma loirinha gelada ou tomando um delicioso sorvete. Paisagem para alegrar
as vistas, que ajuda a diluir o estresse da semana e revigora.
Daí, seguimos para o monte Serrat com a intenção
de pegar ainda o pôr do sol. O monte, junto ao forte do mesmo nome, é um dos
lugares mais indicados na cidade para se apreciar o espetáculo. Temos o forte ,
que , por si só, já é uma atração, a própria Baía de todos os Santos, a cidade
ao longe, navios ancorados e o espetáculo sempre diferente de um pôr de sol
tropical . O problema , foi o estacionamento. Pareceu que todas as pessoas que
não viajaram neste feriadão , resolveram ir ao Bonfim e ao Monte Serrat na
tarde de ontem. Engarrafamento de veículos e muita gente . Tivemos que andar um
pouco , ida e volta, nos cansamos, mas
ainda pegamos parte do espetáculo e consegui clicar algumas fotos, que impressionam
e que estão valendo a pena. É um local que vale a pena voltar . Você não se
cansa porque sempre parece uma novidade.
Um pôr do sol nunca é igual a outro ! Quando vier a Salvador, destaque
uma tarde para tomar um sorvete na Ribeira e para assistir , do Monte Serrat, o
pôr do sol em Salvador. Não esqueça a sua digital , para levar uma boa
lembrança da sua passagem por aqui. Se esquecer, pode considerar o seu passeio
perdido.
É claro que adoramos o
passeio, eu e a minha mulher, ainda mais , junto com um dos filhos, a nora e
duas netinhas iguais a todas as outras que não paravam de aprontar , às quais
foram necessários cuidados especiais de segurança.
Sarnelli