domingo, 21 de julho de 2013

Uma historinha curta no tempo do fio de bigode .


 Uma visual da praia do Rio Vermelho, em Salvador, Bahia - Imagem que nada tem a ver com o texto, presente aqui apenas para ilustrar  matéria.


Mande mesmo , para que eu possa circular entre os meus contatos. Uma verdadeira vergonha, não acha ? Falta de critério ou mesmo de vergonha na cara ? Mau caratismo da galera ? Que gente é essa, minha amiga ?Todo mundo querendo tirar vantagens e se aproveitando das posições que ocupam !...

Me lembrei de um fato e já que me lembrei , vou contar . Já não se fazem mais homens e amigos como antigamente. Salvador era uma cidade bem menor do que hoje. Quase todo mundo se conhecia, principalmente na zona do comércio. Todo mundo conhecia e se dava com todo mudo. Foi um tempo em que as pessoas se ajudavam até mesmo emprestando dinheiro aos amigos, na base exclusiva da confiança. Essa é a base da minha historinha. Meu pai havia tomado uma certa quantia a um vizinho de sala , de nome Biaggio Limongi,  um amigo de velhas datas ,  no comércio ( aqui a zona de comércio era e ainda é conhecida como " o comércio " ). - Meu pai chegou para o Limongi, como era conhecido (você sabe que o italiano se identifica mais pelo sobrenome ),  e lhe entregou um papel representando uma prova de que lhe devia uma certa quantia ... O Limongi leu, olhou para o meu pai e perguntou : o que é isso, Sarnelli ? Um documento, caso me aconteça alguma. coisa , para a minha família ficar sabendo...Caro Sarnelli , se lhe acontece alguma coisa ,eu perderei um amigo . E rasgou o papel , entregando os picadinhos para o meu pai.

Isso, foi naquele tempo em que valia o fio de bigode, a palavra do homem e todo mundo tinha vergonha na cara...


Posted by Picasa

2 comentários:

Cristiano Teixeira disse...

Hoje em dia, nem papel assinado vale coisa alguma, quem dirá uma palavra!
Cristiano

Sarnelli disse...

Hoje não pude comparecer. Fui dar uma volta com a patroa...