sábado, 11 de maio de 2013

Isso você não viu , mas eu vi e fotografei !


Na foto , o quebra-mar , parte do Forte de São Marcelo  , saveiros na praia , mas o objetivo principal ,  foi mesmo a praia da Conceição  ,  onde encostavam os saveiros que vinham do recôncavo , trazendo  cargas de cerâmica ( telhas e blocos para construção ), entre outras mercadorias .Os saveiros, nos idos que o tempo engoliu, movimentavam a economia baiana produzida no recôncavo, trazendo e também levando utilidades . Era um trânsito intenso . Não esquecer da rampa do Mercado Modelo , onde se concentrava a quase totalidade dos saveiros. Devemos muito, mas muito mesmo, a eles ,  que navegavam a velas, dependendo, portanto, do vento e das habilidades de seu mestre , era e é uma embarcação de orígem indiana  adaptada em Portugal , para a pesca do savel ( daí o seu nome ) e readaptadada em Salvador para navegar em águas rasas ,  ao ponto de conseguir chegar até uma praia e encalhar na areia.. Essa prainha ( Conceição da Praia ) , na qual  podiam  encalhar, acolhiam ( não os acolhe mais porque   deixaram de existir por terem perdido a sua utilidade - deve haver, no máximo, uns 10 , transportando materiais de construção entre as mais de 50 ilhas existentes na Baía de Todos os Santos - uma boa parte foi transformada em escunas para passeios turísticos ) os saveiros provenientes do recôncavo ,  operavam  a carga e a descarga e  esperavam a maré subir , para voltar a flutuar e para  sair para uma nova viagem, fica ao lado da Capitania dos Portos do Estado da Bahia  e Escola de Aprendizes de Marinheiros , no bairro da  Conceição da Praia, parte baixa da cidade de Salvador.
 

]Os saveiros singravam os mares da Bahia , dia e noite , navegando pelas estrelas e era uma beleza ver o dia amanhecer e ver a Baía de Todos os Santos , olhando da parte alta da cidade,  atulhada de  velas brancas, se movimentando em todas as direções. Infelizmente, quem viu, viu, como eu, que vi ,   quem não viu , não imagina a beleza, o espetáculo que a natureza e a simplicidade nos ofereciam. ! Hoje , não se vê mais a poesia de antigamente. O progresso nos transportes , acabou com essa era romântica  !
A má qualidade da imagem ( preto e branco ) deve ser compreendida , porque a foto  foi clicada na década de 50 , da janela de uma fábrica de malas que existia no bairro da  Conceição da Praia , de propriedade de um cidadão que morava no Rio Vermelho e mantinha também uma loja no comércio. Hoje, eu e os seus descendentes somos velhos amigos. Um dos  seus filhos , o mais velho ,  é o um dos meus compadres e nos conhecemos desde a tenra infância.Um segundo irmão,  é um irmão , e o terceiro, por sinal , o mais novo, que também foi me compadre , foi-se , levado pelo vício do cigarro. Uma pena ! Aquele canudinho de papel com matinho , fez mais uma vítima! Para quém fuma, um alerta. Não seja burro: cuide da sua saúde ! Pergunte para si próprio: quém pode mais, eu ou o cigarro ?  E declare uma guerra !  Seja mais forte ...
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